Boletim nº013 - FAZENDO RUAS MAIS SEGURAS, COMO UM PROJETO URBANO INOVADOR E INTELIGENTE PODE MELHORAR A SEGURANÇA DE NOSSAS RUAS
FAZENDO RUAS MAIS SEGURAS
COMO UM PROJETO URBANO INOVADOR E INTELIGENTE PODE MELHORAR A SEGURANÇA DE NOSSAS RUAS
Este boletim traz o exemplo de um projeto urbano bem sucedido, executado na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Utiliza-se o mesmo para exemplificar que o redesenho das ruas pode melhorar fortemente a segurança urbana de todos os usuários, podendo as informações e elementos aqui abordados servirem como inspiração para projetos em vias urbanas das cidades brasileiras. Afinal, na última década, Nova York reduziu em 30% os acidentes fatais causados pelo tráfego, tornando-se a cidade mais segura dentre todas as grandes cidades dos EUA.
Com base nessas informações, é possível indagar: como conseguiram transformar tão positivamente uma cidade em tão pouco tempo? O Departamento de Transporte da Cidade de Nova York (NYCDOT) sempre esteve engajado com os problemas urbanos nova-iorquinos. Porém, há mais de uma década, o NYCDOT comprometeu-se em aprimorar a segurança das ruas, com um objetivo de diminuir os índices de acidentes de trânsito pela metade, até 2030.
O Departamento de Transporte de Nova York (NYCDOT, 2013) acredita que fazer ruas mais seguras vai além dos três tradicionais “E”: Engenharia, Educação e Execução (os quais raríssimas vezes estão presentes de forma integrada nos projetos urbanísticos executados em cidades brasileiras). Segundo o Departamento, o processo requer um trabalho muito mais complexo e detalhado, em conjunto com as comunidades locais, de forma colaborativa, combinando várias áreas do conhecimento, como engenharia de tráfego, técnicas urbanísticas, paisagísticas e moderação de tráfego.
É evidente nos vários projetos do NYCDOT, que o redesenho das ruas, através de uma nova geometria e nova sinalização, é usado para fazêlas funcionar melhor e serem mais seguras, de forma a tornarem-se mais atrativas para pedestres e ciclistas. Isso acontece, porque o Departamento acredita que as ruas projetadas para acomodar ciclistas e pedestres contribuem ainda mais para a segurança da cidade.
Desde 2000, através de ciclovias protegidas, faixas exclusivas para ônibus, mudanças na sinalização entre outros cuidados, Nova York testemunhou uma redução de 72% no risco de acidentes sérios com ciclistas, além de uma queda considerável no número de vitimas fatais por colisões de trânsito. Inicialmente, o Departamento de Nova York concentrou esforços nos principais corredores e nos cruzamentos mais complexos, onde as colisões de veículos eram mais frequentes.
Depois l i s tou c inco pontos chave, considerados fundamentais para o redesign das ruas, a fim de torná-las mais seguras.
1 - Tornar a rua mais fácil de usar: Minimizar a complexidade e dificuldade com que um pedestre, motorista ou ciclista compreende o espaço urbano, assim como seus direitos e deveres, evitando movimentos que venham causar conflitos.
2 - Criar segurança com o aumento da presença: A forma de promover maior segurança aos usuários vulneráveis das ruas, que no caso são os pedestres e ciclistas, seria aumentando a presença deles na rua e, assim, os mesmos passariam a ter a oportunidade de adquirirem a infraestrutura necessária e de direito.
3 - Fazer o invisível ser visto: Garantir a mútua visibilidade entre pedestres, ciclistas e motoristas é um ponto chave para manter a segurança nas ruas, principalmente em locais onde os caminhos entre os usuários se cruzam.
4 - Priorizar a qualidade em vez da quantidade: É melhor haver a redução a duas pistas de rolamento com funções bem designadas e aumento de área de calçada para pedestres, do que três pistas sem nenhuma designação ou sinalização, mostrando pouca eficiência através de problemas de engarrafamento e risco de atropelamento.
5 - Olhar através do problema: Antes mesmo de identificar qualquer solução para um problema em particular, como um cruzamento ou avenida em específico, deve-se expandir a área de análise, e incluir ruas locais de maneira a trazer novas possibilidades de projeto.
O Departamento de Transporte de Nova York (NYCDOT, 2013) acredita que fazer ruas mais seguras vai além dos três tradicionais “E”: Engenharia, Educação e Execução (os quais raríssimas vezes estão presentes de forma integrada nos projetos urbanísticos executados em cidades brasileiras). Segundo o Departamento, o processo requer um trabalho muito mais complexo e detalhado, em conjunto com as comunidades locais, de forma colaborativa, combinando várias áreas do conhecimento, como engenharia de tráfego, técnicas urbanísticas, paisagísticas e moderação de tráfego.
É evidente nos vários projetos do NYCDOT, que o redesenho das ruas, através de uma nova geometria e nova sinalização, é usado para fazêlas funcionar melhor e serem mais seguras, de forma a tornarem-se mais atrativas para pedestres e ciclistas. Isso acontece, porque o Departamento acredita que as ruas projetadas para acomodar ciclistas e pedestres contribuem ainda mais para a segurança da cidade.
Desde 2000, através de ciclovias protegidas, faixas exclusivas para ônibus, mudanças na sinalização entre outros cuidados, Nova York testemunhou uma redução de 72% no risco de acidentes sérios com ciclistas, além de uma queda considerável no número de vitimas fatais por colisões de trânsito. Inicialmente, o Departamento de Nova York concentrou esforços nos principais corredores e nos cruzamentos mais complexos, onde as colisões de veículos eram mais frequentes.
Depois l i s tou c inco pontos chave, considerados fundamentais para o redesign das ruas, a fim de torná-las mais seguras.
1 - Tornar a rua mais fácil de usar: Minimizar a complexidade e dificuldade com que um pedestre, motorista ou ciclista compreende o espaço urbano, assim como seus direitos e deveres, evitando movimentos que venham causar conflitos.
2 - Criar segurança com o aumento da presença: A forma de promover maior segurança aos usuários vulneráveis das ruas, que no caso são os pedestres e ciclistas, seria aumentando a presença deles na rua e, assim, os mesmos passariam a ter a oportunidade de adquirirem a infraestrutura necessária e de direito.
3 - Fazer o invisível ser visto: Garantir a mútua visibilidade entre pedestres, ciclistas e motoristas é um ponto chave para manter a segurança nas ruas, principalmente em locais onde os caminhos entre os usuários se cruzam.
4 - Priorizar a qualidade em vez da quantidade: É melhor haver a redução a duas pistas de rolamento com funções bem designadas e aumento de área de calçada para pedestres, do que três pistas sem nenhuma designação ou sinalização, mostrando pouca eficiência através de problemas de engarrafamento e risco de atropelamento.
5 - Olhar através do problema: Antes mesmo de identificar qualquer solução para um problema em particular, como um cruzamento ou avenida em específico, deve-se expandir a área de análise, e incluir ruas locais de maneira a trazer novas possibilidades de projeto.
Referências:
NYCDOT, New York City Department of Transportation. Novembro de 2013. Making Safer Streets. Disponível em: http://www.nyc.gov/html/dot/downloads/pdf/dotmaking-safer-streets.pdf. Acesso em 27 de Julho de 2015.
NYCDOT, New York City Department of Transportation. Novembro de 2013. Making Safer Streets. Disponível em: http://www.nyc.gov/html/dot/downloads/pdf/dotmaking-safer-streets.pdf. Acesso em 27 de Julho de 2015.
NYCDOT, New York City Department of Transportation (2013). Sustainable Streets Index. Disponível em: http://www.nyc.gov/html/dot/downloads/pdf/sustainable_streets_index_12.pdf. Acesso em 10 de agosto de 2015.
Link para baixar em PDF: Boletim 013
Boletim nº013 - FAZENDO RUAS MAIS SEGURAS, COMO UM PROJETO URBANO INOVADOR E INTELIGENTE PODE MELHORAR A SEGURANÇA DE NOSSAS RUAS
Reviewed by Título Projeto: Fórum de Mobilidade Urbana: Participação, Contribuição e Socialização de conhecimento técnico e científico.
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