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O Fórum Entrevista: Coronel Alves


Neste mês de maio o Fórum de Mobilidade entrevista o Comandante Geral da Polícia Militar de Goiás Coronel Divino Alves de Oliveira para o esclarecimento de questões que relacionam mobilidade urbana e segurança no estado de Goiás.

Fórum: Um dos maiores problemas da mobilidade urbana é a segurança. Quais são os investimentos necessários para construir uma cidade mais segura?
Cel. Alves: Sua pergunta a meu ver pode ser resumida em uma única frase, que ouvi em um seminário sobre segurança: "Segurança pública se faz com mais VERBA e menos VERBO". Assim a meu ver, além da compreensão de que segurança não se faz apenas com policiais, mas também com eles, no país falta investimento, aporte de recursos financeiros, por parte dos três níveis de governo nessa sofrida área.
Fórum: No primeiro semestre do ano passado, de acordo com Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), a capital goiana chegou a registrar o maior número de assalto a pedestres dos últimos anos. Um ano depois, quais soluções foram encontradas para garantir maior segurança aos pedestres?
Cel. Alves: Ao se tratar de segurança pública, é necessário entendermos que nada pode ser analisado de maneira unilateral, pois outros atores sociais estão envolvidos, e suas ações e omissões incidem sobre o resultado a ser balizado, vejamos: 1. Seria apenas a capital Goiânia que apresentou aumento nos índices estatísticos? 2. Os indicadores de reincidência criminal, impunidade e em consequência, o retrabalho das polícias foi observado no monitoramento dos números que foram apresentados? 3. Tem-se o conhecimento de que os investimentos em educação, saúde, e na geração de empregos tem caído sistematicamente por falta de políticas públicas específicas? Os operadores de segurança podem muito, mas não podem tudo sozinhos, é necessário a conjugação de esforços dos demais atores sociais para que haja a mudança que desejamos, não apenas no concernente a segurança pública, mas em outros setores da vida em sociedade. A política de segurança pública adotada pelo governo de Goiás é firmada, entre outros fundamentos, nas ações integradas e no compartilhamento de informações entre os órgãos tanto do governo estadual, municipal, e da iniciativa privada. Goiânia é hoje dividida em cinco áreas integradas de segurança pública, onde policiais civis e militares compartilham uma mesma "área operacional", a utilização da tecnologia da informação, o mapeamento das zonas quentes de criminalidade que possibilita a aplicação de um policiamento com foco voltado para a resolução do problema, são algumas das ferramentas utilizadas. Sabemos que estamos no caminho certo e que ainda há muito o que ser feito, mas não de maneira individualizada pelas polícias, mas em ações contínuas e integradas entre todos.
Fórum: A política de “Tolerância Zero” é um marco da administração do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e se tornou uma referência no combate à violência em alguns países do mundo, chegando a ser adotada algumas vezes em Goiânia. Como se caracteriza essa operação? A política “Tolerância Zero” se sustenta em Goiânia?
Cel. Alves: Interessante dizer que a política de "Tolerância Zero" adotada pelo prefeito de Nova York é algo muito mais abrangente do que a que foi aqui colocado pelo Secretário de Segurança Pública de Goiás, Dr José Eliton. Aqui tivemos e ainda temos algo como um "sentimento" desejado por todos nós cidadãos, quer sejamos operadores de segurança ou não, de que é absolutamente necessário um basta à tanta violência, fruto da inoperância de muitos dos atores sociais elencados na segunda pergunta.
Fórum: No fim do ano passado, a Metrobus, que gerencia parte do sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia, contratou vigilantes e instalou câmeras de segurança para reduzir os crescentes índices de violência nos terminais. Como é possível integrar transporte público e segurança pública?
Cel. Alves: Como já disse, Segurança Pública não se faz sozinho, nem é de responsabilidade exclusiva da Polícia. No caso da Metrobus, cada um precisa entender que o investimento em tecnologia, como a colocação de câmeras no interior dos ônibus, plataformas e terminais auxiliarão, com certeza, na redução de indicadores de criminalidade, mas é importante que se diga que não apenas essas ações são importantes, outras reputamos ser de igual valor, ou até superior: 1. Uma frota de ônibus que se renove e que possa atender os anseios dos usuários. 2. Uma planilha de horários que empregue mais ônibus em diversos bairros. 3. A criação de novas linhas e novos terminais integrados. 4. A criação de corredores exclusivos para o transporte de passageiros. Isso apenas para citar algumas medidas que incidiriam, com certeza na redução de crimes.
Fórum: Como a Polícia Militar vem lidando com a Lei Seca? Ela trouxe melhoras ao trânsito de Goiânia?
Cel. Alves: Não existe uma Lei Seca estabelecida pela Câmara dos Vereadores de Goiânia. Entendo entretanto, que o fechamento de bares e similares que vendem bebidas alcoólicas, a exemplo do que ocorre em Aparecida de Goiânia é sim uma medida que poderia ser analisada e adotada para a capital. Entendo ainda que ações de fiscalização, como a Balada Responsável surte efeito positivo e deva ser ampliada.
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