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Boletim nº012 - FAIXAS PREFERENCIAIS DE ÔNIBUS, ESTRATEGIA URBANA QUE PRIORIZA O TRANSPORTE COLETIVO

FAIXAS PREFERENCIAIS DE ÔNIBUS
ESTRATEGIA URBANA QUE PRIORIZA O TRANSPORTE COLETIVO


As faixas preferenciais para ônibus, conhecidas como Bus Rapid Service (BRS), ou corredores preferenciais, são faixas viárias destinadas ao deslocamento prioritário do transporte coletivo, onde o deslocamento de veículos particulares só é permitido em curtos trechos para acesso aos lotes ou conversão à direita. Por ser uma intervenção em uma via preexistente, onde se acrescentam apenas sinalizações e fiscalização, os BRS são uma obra barata e de rápida implantação, se tornando atualmente uma das principais alternativas urbanas que visa melhorar a mobilidade do transporte público nas cidades.

Ao contrário do pensamento comum, de que os BRS só beneficiam o transporte coletivo, estudos da NTU (2013) para Goiânia estimam que a implantação do corredor Universitário, por separar os tipos de transportes, tirando as interferências criadas pelas paradas dos veículos em operação (ônibus), foi capaz de melhorar o tráfego de veículos em torno de 40% para veículos em geral e em 30% para o transporte coletivo, diminuir o consumo de combustíveis em até 30% e a emissão de poluentes em até 40%.

Objetivos dos Corredores Preferenciais, segundo NTU (2013):
Dar prioridade ao transporte coletivo;
Aumentar a velocidade operacional dos ônibus;
Diminuir o tempo do passageiro dentro do veículo;
Permitir maior fluidez na circulação viária para os ônibus;
Racionalizar a operação com a otimização da frota;
Aumentar a produtividade do transporte público sobre pneus;
Reduzir os custos do transporte público e, consequentemente, contribuir para a modicidade tarifária;
Facilitar a integração com os outros modos de transporte;
Compartilhar os espaços da cidade de forma justa e racional.

Vantagens dos Corredores Preferenciais, segundo NTU (2013):
Implantação em curto prazo (entre 1 e 6 meses);
Atendimento imediato às expectativas da população usuária do transporte público por ônibus;
Não há necessidade de desapropriações;
Baixo custo de implantação (de 100 mil a 500 mil reais por quilômetro);
Utilização dos ônibus já em operação na cidade;
Fácil associação do projeto com a área urbana do entorno;
Redução do consumo de combustíveis (até 30%) e da emissão de poluentes (até 40%);
Redução de até 40% no tempo de viagem;
Requalificação da área de intervenção;
e impacto positivo na mobilidade da cidade.

Os BRSs são a combinação de vários elementos viários simples, faixa contínua e não contínua de sinalização horizontal, ondulação transversal (tachão), placa de sinalização vertical, radar eletrônico (pardal) e recuo (baia) da parada de ônibus, instalados segundo projeto e especificidades do lugar, a fim de contribuírem para eficiente priorização do transporte coletivo.

Outros elementos que podem melhorar a mobilidade e que devem ser considerados em conjunto com os corredores preferenciais são a melhoria das calçadas com a devida separação de usos, pontos de embarque e desembarque com infraestrutura diferenciada contendo informações de linhas e equipamentos urbanos próximos, ciclovias e câmeras de monitoramento.

Em Goiânia os corredores preferenciais fazem parte de políticas que visam o desenvolvimento sustentável da cidade e possuem uma aceitação de 84,7% da população segundo pesquisa Verus em junho de 2013 (NTU, 2013). O melhoramento do transporte coletivo tende a incentivar a utilização de transportes mais eficientes do ponto de vista ecológico e operacional, melhorando, assim, a vida dos cidadãos.

Referências: NTU (2013), Faixas Exclusivas de Ônibus Urbanos, Disponível em: <http://www.fetranspordocs.com.br/downloads/29FaixasExclusivasOnibus.pdf>; Acessado em: julho de 2015.


Link para baixar em PDF: Boletim 012
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