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Boletim nº006/2 - CIDADE PARA PESSOAS, COMO UMA CIDADE PODE SER PLANEJADA PARA QUE AS PESSOAS POSSAM ANDAR MAIS? PARTE II


CIDADE PARA PESSOAS
COMO UMA CIDADE PODE SER PLANEJADA PARA QUE AS PESSOAS POSSAM ANDAR MAIS?


Conforme trazido no Boletim 006, o grupo Gehl Architects lista quatro áreas foco que Copenhagen escolheu como forma de estimular o crescimento do fluxo de pedestres: o desenvolvimento da cultura do caminhar; rota de pedestres e lugares de encontros; prioridade de pedestres em ruas de comércio; e Pontos nodais de tráfego.

Desenvolvimento da “cultura do caminhar” 

A “cultura do caminhar” pode ser desenvolvida. Campanhas e eventos como feiras, e eventos recreativos são formas de encorajar os habitantes a caminhar e explorar a cidade. Ou seja, as pessoas podem ser instruídas pela informação, causando uma mudança de hábitos, fazendo-as optar por caminhadas saudáveis em vez de pequenas viagens de carro.

Gehl confirma que o comportamento das pessoas depende do que são encorajas/convidadas a fazer. Quanto mais ruas para carros existirem, mais tráfego de veículos haverá. Quanto mais atrativo é um espaço público, mais pessoas o usarão. O urbanista cita o exemplo de Londres, cujo tráfego de veículos foi reduzido em 20%, no dia seguinte em que começaram a cobrar o pedágio urbano de oito libras (equivalente a R$ 37) para o acesso de carros no centro da cidade.

Gehl fala também da importância da infraestrutura para o estímulo do pedestre: “Se for atrativo usar bicicletas, as pessoas vão usá-las. Se o transporte público funciona bem, as pessoas vão usá-lo. Estes precisam ser uma ótima ou até a melhor alternativa. O tráfego é igual água, ele corre por onde consegue. E quando ele não pode correr para lugar nenhum, ele para.” (TAGES WOCHE, 2015).

Rota de pedestres e lugares de encontros

Rota de pedestres são conexões entre os mais importantes destinos locais de uma cidade (escolas, bibliotecas, centro-cívico e etc.). São rotas em que os pedestres são a prioridade e caracterizam-se por estar conectadas com áreas verdes, ciclovias, áreas de exercício e etc. As rotas de pedestres também são caminhos que podem agregar boas experiências, como fazer compras e, ao mesmo tempo, curtir a paisagem, o verde e até amostras culturais. Pode encher de vida uma cidade devido ao aumento das interações das pessoas em pequenos espaços de convivência, também chamados de lugares de encontros.

A existência de barreiras ou a falta de conexão entre as rotas dificulta muito a vida dos pedestres. O ideal seriam rotas de pedestres conectadas em formato de teia, o que encorajaria as pessoas a andarem mais e facilitaria as rotas alternativas. Sua função também é criar conexões entre ruas comerciais e os pontos nodais de tráfego. 

Prioridade de pedestres em ruas de comércio

Ruas comerciais têm uma alta concentração de lojas, supermercados, lanchonetes e restaurantes, como também uma mistura de pedestres, ciclistas, ônibus, carros e etc. Chegar ao seu destino final (o que sempre se dá a pé) fica cada vez mais difícil, devido a calçadas cada vez mais afuniladas; pontos de ônibus, mobiliário, outdoor de propaganda interditando a passagem; a falta de segurança do pedestre e carência de infraestrutura.

Em regiões que possuem rotas alternativas de tráfego para carros é possível designar ruas comerciais com prioridade principal para o pedestre. Basta ter espaço suficiente para as pessoas andarem, sentarem, esperarem o ônibus, ou lancharem. Se o conforto do pedestre é aumentado, ocorrerá um aumento considerável no potencial de pedestres e provavelmente de consumidores, gerando o aumento da economia local.

Pontos nodais de tráfego

Pontos nodais de tráfego são lugares onde as pessoas complementam sua viagem ou mudam de modo de transporte. Podem ser estações de trem ou terminais de ônibus. Possuem alta concentração de pessoas, já que na maioria das vezes são pontos finais ou iniciais de rota. Tudo precisa ser cuidadosamente aglomerado em pontos nodais: bicicletários, cabines de vendas passagens, lanches, áreas de espera e muito mais. Melhorar a conexão entre os pontos nodais com as variadas rotas de pedestres traria conforto, praticidade para a vida das pessoas.

Referências:
Gehl Architects (2011), More people to walk more, Copenhagen. Disponível em <http://issuu.com/gehlarchitects/docs/694_k__benhavn_more_people_walk_mor> Acesso em 03 de abril de 2015.
Fietsersbond (2009). CyclingCities. Disponível em <http://issuu.com/fietsersbond/docs/cyclingcities> Acesso em 30 de abril de 2015.
Tages Woche (2015), Jan Gehl: «Architects know very little about people». Disponível em <https://www.tageswoche.ch/de/2015_12/basel/683236/> Acesso em 04 de abril de 2015.
Fotografias: Fórum de Mobilidade (2014)


Link para baixar em PDF: Boletim 006/2


Boletim nº006/2 - CIDADE PARA PESSOAS, COMO UMA CIDADE PODE SER PLANEJADA PARA QUE AS PESSOAS POSSAM ANDAR MAIS? PARTE II Boletim nº006/2 - CIDADE PARA PESSOAS, COMO UMA CIDADE PODE SER PLANEJADA PARA QUE AS PESSOAS POSSAM ANDAR MAIS? PARTE II Reviewed by Título Projeto: Fórum de Mobilidade Urbana: Participação, Contribuição e Socialização de conhecimento técnico e científico. on 10:00 Rating: 5

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